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Projetos transformadores como o VivAmazônia estão colaborando com a Amazônia possível e sustentável

Além da escola criada pelo casal Paul Clark e Bianca Bencivenn, o Path Amazônia tem se conectado com iniciativas positivas para a floresta amazônica e seu entorno, como a Fundação Almerinda Malaquias e a Climatech MOSS, para coletivamente transformar e regenerar a região.


Paul Clarck, fundador da escola VivAmazônia. (Foto: divulgação)

Em 1984, um avião vindo de longe trazia o escocês Paul Clark e sua esposa, a italiana Bianca Bencivenn, que ainda a passeio não tinham ideia que as terras brasileiras seriam o solo de sua dedicação dali para a frente. Continuaram a voltar ao país nos anos seguintes e na década de 90, durante uma visita, receberam a ajuda de um morador local de Manaus que após ser paciente e passar algumas lições essenciais sobre a floresta, pediu que os dois ajudassem na alfabetização de seus filhos.


A partir daquele momento, Paul e Bianca foram ensinando turmas e mais turmas de crianças, com aulas de português, matemática e até da vida. Mas o momento que realmente mudou a vida do casal europeu foi quando receberam a ajuda de amigos italianos e da comunidade local, que se transformou em uma escola feita de palafita à beira do rio Jauaperi, entre Amazonas e Roraima, para alfabetizar as crianças locais.


Agindo de forma coletiva, entre alunos e comunidade, Paul e Bianca não tiveram verba ou apoio governamental para nada da escola, precisaram desenvolver seus próprios livros didáticos e o próprio método de ensino, utilizando como base a pedagogia construtivista e holística, influenciada principalmente pelo rico bioma que os cercavam.


Hoje, no coração da floresta amazônica, a Escola VivAmazônia é um exemplo de iniciativa positiva para uma Amazônia possível. Promovendo para os moradores locais o acesso à educação com qualidade e a cultura em uma região praticamente isolada e que necessita de investimentos. Após cerca de 30 anos nesse processo de desenvolvimento educacional e cultural, além de tocar a VivaAmazônia, Paul também é vice-presidente da Associação dos Artesãos do Rio Jauaperi (AARJ), que tem no comando seu amigo Francisco Lima, que capitania a barca escolar que transporta as crianças de suas casas até a escola e é pai de quatro ex-alunas.


A associação auxilia o trabalho manual da região, mas também luta contra a pesca predatória e mantém um projeto de proteção de quelônios (Tartarugas, Jabutis, Cágados), por conta disso, Paul Clark já sofreu com ameaças de morte e incêndios criminosos, por incomodar o mercado de pesca predatória na região. Moradores que se engajam no projeto recebem um salário para monitorar as praias e ganham R$ 3 por ovo de quelônio coletado. De acordo com com Paul Clarck, houve uma queda no número de ovos encontrados, mostrando que mesmo com os esforços, ainda há muito o que ser feito para impedir a extinção destes animais naquela área.


A falta de recursos e a coletividade como força de transformação


Assim como a luta em relação à pesca predatória tem sido dura, a luta pela educação que a VivAmazônia se coloca é apenas um passo que está sendo dado em um caminho muito longo até a revolução cultural que aquela estrutura de palafita cheia de conhecimento pode causar. Para chegar a um cenário onde mais escolas como a VivAmazônia sejam inseridas em regiões com educação ainda precária, Paul Clark recebe investimentos da Katerre, empresa de turismo sustentável que apoia ainda outros projetos, como a FAM (Fundação Almerinda Malaquias), em Novo Airão.


A Fundação Almerinda Malaquias (FAM) foi criada no ano 1997 por Miguel Rocha da Silva e Jean-Daniel Vallotton, que implantaram um centro de educação e formação profissional para a população do município de Novo Airão, em Manaus, onde o ofício de marcenaria era ensinado através do reaproveitamento de madeiras descartadas.


O nome da Fundação vem dos pais de Miguel e seus 15 irmãos, Almerinda e Malaquias. O Path Amazônia entende que de grão em grão pode ser construído um legado transformador e estar lado a lado com a educação é um caminho que o festival encontrou para que pudesse também deixar um legado como o que Paul Clark tem deixado.


Fomos até a Amazônia e nos conectamos com a Fundação Almerinda Malaquias que fomenta a mais de 20 anos a educação na região amazônica utilizando iniciativas de sucesso e parcerias duradouras. Todo esse processo coletivo ajudou na construção de escolas e casas de apoio, beneficiando mais de 25 comunidades locais com infra estrutura que auxilia no dia a dia dos professores e alunos.


Ainda nessa ação coletiva e conexão de iniciativas positivas, entre os parceiros do Path Amazônia está a MOSS, que é pioneira e líder global na comercialização de créditos de carbono em blockchain e está com o festival para compensar nossas emissões de CO2. Além disso, essa parceria vai ajudar a construir mais uma escola na região onde a Almerinda Malaquias e Paul Clark estão agindo.


A Moss obtém créditos de carbono de projetos ambientais certificados e os transforma em tokens via Blockchain. Assim, as vendas do MCO2 apoiam projetos ambientais que evitam a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE). Dessa forma, empresas e pessoas que compensarem suas emissões com o MCO2 da Moss, como o Path Amazônia, apoiam projetos que promovem a preservação da fauna e flora da Amazônia, bem como o trabalho de comunidades ribeirinhas que trabalham com extrativismo nessas iniciativas.


São ações coletivas como essas, envolvendo e unindo diversas pessoas, projetos e agentes transformadores, que poderão ajudar a encurtar o caminho por um mundo mais sustentável e com acesso à educação de qualidade.


Está chegando a hora do maior e mais diverso festival de inovação e sustentabilidade do Brasil. Falta pouco para o Path Amazônia conectar pessoas, ideias e soluções inovadoras que vão regenerar o mundo e inspirar de forma positiva a sociedade.


Neste sábado e domingo, dias 30 e 31 de outubro, serão mais de 70 horas de conteúdos em uma plataforma digital e interativa, com conversas, podcasts, palestras, documentários e mais.


Participe se cadastrando em ondemand.festivalpath.com.br ou acessando o link em nossa bio.


É gratuito!





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