Diplomata brasileiro aposentado, foi eleito por aclamação primeiro Diretor-Geral da OPAQ (Organização para a Proibição das Armas Químicas) em 1997, cargo que exerceu por 5 anos até que, por força de manobra ilegítima, arquitetada pelo governo estadunidense, foi destituído por haver logrado que o Iraque solicitasse seu ingresso na Organização. Sua saída tornou inevitável a invasão do Iraque e a guerra que se seguiu. Por seu compromisso infalível com o multilateralismo, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz por parlamentares brasileiros e britânicos e por jornalistas e personalidades do mundo artístico. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco e a Grã-Cruz da Légion d’honneur (França).
Nasceu em Porto Velho, Território de Guaporé, em 1945. Sua mãe era de origem portuguesa e de indígenas bororos, e seu pai, baiano filho de libaneses. Em 1967, formou-se, ao mesmo tempo, na PUC/RJ (Direito) e no Instituto Rio Branco, curso que prepara para a carreira diplomática. Sua carreira se estendeu por 50 anos, durante os quais alternou serviço no Itamaraty e em postos no exterior. Sua experiência profissional mais formadora foi na área da diplomacia multilateral, com destaque nos temas do Direito do Mar e do Desarmamento e Não-Proliferação. Seus postos foram Moscou, Viena, Nova York (ONU), Montevidéu, Montreal. Eleito em 2002, o Presidente Lula nomeou-o em 2003 Embaixador no Reino Unido e cinco anos mais tarde Embaixador na França, cargo que deixou ao aposentar-se em 2015.